domingo, 18 de julho de 2010

Meia Boca


De volta ao blog... Acho que como o meu saco de pancadas ainda não foi instalado, e não posso sair socando as portas por ai, então preciso desabafar com alguem...meu antigo e desatualizado blog...
As coisa andam estranhas neste final de semana.. Queria poder gritar, bater, chorar até dormir de tão cansada.. mas não dá.. não posso nenhuma dessas opções.. cheguei em um ponto da minha vida em que eu criticava muitooo os outros... o ponto do marasmo. A psicóloga me pergunta "- então, o que você gostaria de falar hoje??"
Humm, nada doutora, não tenho nada pra falar, é tudo antigo, nenhuma novidade.. na hora isso pareceu ser maravilhoso, afinal, nenhuma crítica, nenhum problema... nossa, que progresso!!!
Heheh, se o progresso fosse assim, todos estariamos ferrados pra caramba. Aí vem o meu silêncio, a minha instropecção, e ninguem entende nada... Acabo sendo mesmo a louca, a falsa, a antissocial, a sem educação, e tudo o mais. Na verdade tudo isso é só porque eu queria que pelo menos alguma coisa na minha vida fosse 100%.
To cansada de meia boca... Um computador meia boca, uma saúde meia boca, um trabalho meia boca, uma internet meia boca, uma vontade meia boca... Tudooo meia boca.. Será que alguma coisa, pelo menos uma coisinha poderia ser 100% ?? Algo que eu pudesse parar, olhar e dizer UAU, que loucura, valeu a pena, isso sim é viver... Sinto falta disso.
Realmente na nossa vida encontramos tipos dos mais variados do que é certo e errado, e ultimamente são tantas opiniões que realmente não sei mais. Prefiro achar que o certo e o errado, a escolha deles, depende de mim, se eu quiser que tudo que eu faço seja certo, beleza... Achava muito errada a maneira na qual eu vivia antes.. mas como eu sinto falta as vezes.. De poder me libertar de mim mesma.. Poder fazer coisas que em sã consciencia eu jamais faria... Poder plantar bananeira e jogar capoeira na grama molhada de sereno às 3:00h da manhã.. resbalar, cair no chão e ainda dar muitaaaa risada por isso... Ou então, lá pelas 5 da manhã, perto do dia amanhecer, deitar no meio de uma rua, um morro, o mais alto possível, ficar tomando vinho e esperar o dia clarear... Coisas que seriam totalmente horrorosas para algumas pessoas.. e para mim era tão maravihoso... chegar em casa, e mesmo que com aquelas pessoas horriveis ao redor, poder dormir até eu aguentar, até eu realmente ter descançado, sem me importar se tem que almoçar ou não... sem dar explicação de onde eu estava, com quem eu estava, sem ninguem reclamando do meu hálito.. nada disso. apenas chegar em casa de manhã, e sentir que valeu a pena.. as risadas, as bebedeiras, as brincadeiras, as depressões, a agonia.. tudo.. realmente valeu a pena.. posso dizer que eu vivi. Aos extremos.. mas vivi...
Um tempo bom, que não volta nunca mais.
Agora fico aqui.. esperando e rezando fervorosamente, pra que os dias passem logo, e pra que eu tenha dinheiro o suficiente para poder pagar o apartamento, a liberdade, a sensação do viver novamente.. Espero que eu esteja certa quanto a isso..
Esperando, e apenas esperando para que um dia, na minha casa, eu possa desenformar um bolo que eu fiz, ou possa levar minha mochila para seu devido lugar, no momento em que se fizer necessário, ou então que eu não precise ver todas minhas coisas na escada, para que qndo eu suba as leve... Alias sobre isso, as vezes eu penso ser portadora de alguma doença extremamente contagiosa.. e se alguem tocar nas minhas coisas ou se elas ficarem em qualquer lugar que não seja comigo ou no meu quarto, pela menor fração de segundo que seja, essa doença passará a todos os que estiverem perto.
Realmente, ao menos assim consigo perceber a diferença de opinião, que as coisas mudam conforme o ponto de vista... vejo que nesse momento um batedor de bolo pode ter um significado muito importante pra mim, e pode ser um objeto de desprezo para outros... É a vida, é a regra, é a morte...

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